sexta-feira, setembro 02, 2011

é dos que tem uma atitude de «demand; claim-right», dos que «a mim não me enganam, ó qué que pensa?»...

... está-me a contar os seus acidentes e as suas relações com as várias companhias de seguros. diz que na família já houve uns cinco ou sete. todos culpa da mulher «essa parva que comprou a carta na farinha amparo. com todo o respeito, senhor pedro, pela farinha amparo que me alimentou durante anos. a minha mãezinha que está lá em cima - e ergueu o olhar para cima. por momentos julguei que estivesse a ver se o ar condicionado estava a funcionar - é que nos sabia alimentar..» e do filho «esse chulo da merda que não há maneira de sair de casa e de largar a sonsa da namorada... ó senhor pedro, com tanta miúda porreira por aí, está a ver, foi-se meter na cama com uma sonsa que nem queira saber. e olhe que há por aí miúdas que na cama, eu sei... repare, eu sei porque olho para elas e percebo isso. que na cama eram bestiais para o puto. esse chulo da merda. agora com uma sonsa? nahhh, eu logo disse que não ia dar nada. mas dá. imagine que dá.».

demorou 13 minutos a contar um dos acidentes «então a companhia queria pintar-me o guarda-lamas e uma porta? o carro era azul-metalizado! está a ver? chegávamos perto do carro e aquilo tinha pintinhas prateadas. uma maravilha. nahhh, exigi que mo pintassem todo. olha, olha! depois olhava para o carro e aquilo parecia-me uma manta de retalhos? nahhh, não me enganam. as companhias de seguros? não me enganam.». estou a fazer contas e a rezar para que os outros cinco ou seis sejam batidas mais leves.

é que já recebi chamadas e ele aguarda que eu desligue para continuar a conversa.

agora disse que votou no sócrates duas vezes. e que chegou a apoiar e senhor (sic) vasco gonçalves.

pronto, é isto! 

portugal no seu melhor 

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